sábado, 26 de junho de 2010

King of Pop

Essa semana completou um ano que o mundo está sem o ‘Rei do Pop’ Michael Jackson. Quem me conhece sabe o que penso sobre isso. E vou dizer a vocês aqui no Tenshi Arena também:
(Nem acredito que levei um ano pra escrever sobre isso!)
Ele estava voltando à mídia, de vagarzinho, preparando seus show tranquilamente, arrecadando dinheiro pra pagar os advogados e outras contas que acabou fazendo, e tal, e o mundo foi se ‘esquecendo’ do Michael pedófilo e problemático e ‘relembrando’ do Michael cantor e rei. Mas ainda não era o bastante. Ele precisava de mais atenção. Então, de ‘uma hora pra outra’, ele...
MORRE.

O mundo inteiro tinha um nome nos lábios: Michael Jackson! E durante semanas a fio, não se via/ouvia/falava de outra coisa além de músicas, especiais na TV, Rádio, Jornal e qualquer lugar onde pudesse ser citado: lá estava ele. Todo o mundo se voltou ao Jackson quase esquecido.

Da noite pro dia, todo mundo se tornou fã do MJ. Meu patrão tinha ‘Billie Jean’ como toque no celular. Minha prima tinha mais fotos no Orkut do MJ do que dela própria! (Se bem que neste caso não posso falar dos outros não, porque eu mesmo não tenho quase nenhuma foto minha no meu!). E ela nunca tinha nem conhecimento direito de quem ele era! Quer dizer, com 11 anos ela já sabia sim. Mas não ao ponto de estar em comunidades do tipo ‘Eu Amo Michael Jackson’, ‘MJ Rei do Pop’ e qualquer outra coisa do tipo antes de ele ‘morrer’ e ficar famos ode novo. Assim como ela, muita gente se tornou Fã nº 01 em um piscar de olhos.

Com isso, a venda de CDs, camisetas, e qualquer outra coisa com a marca dele, estava faturando um dinheiro violento. Aí eu pergunto: pra onde vai o dinheiro de um produto quando ele é vendido? Claro que depois de repartido entre vendedor, importador, exportador, gravadora, produtor e sei-lá-mais-quem, uma parte vai para o cantor. E vendendo tanta coisa de uma vez, é claro que todos ficaram felizes. Com exceção, claro, do Michael Jackson que, coitado, não viu nem sombra do dinheiro.
Tem certeza?

Ele já estava com o filme bastante queimado a muito tempo, apesar de estar se reerguendo. Com a morte dele, certamente iria acontecer o que citei agora e todo mundo ia gastar a nova fortuna como bem entendesse. Mas não se houvesse o artista para também dar uma mordida na torta. O fato de ninguém ver o corpo morto do cantor, o fato de ele estar presente em todas as missas e cerimônias rezadas pra ele durante longo tempo, a demora em enterrar, e as estranhas idas da família ao cemitério fazer enterros simbólicos dele e em seguida sair pra passar de novo com o caixão tornaram a morte dele muito estranha.

Lembrei de mais uma coisa: foi feito com um pouco do cabelo dele, com uma técnica e equipamentos super avançados, uma pequena pedrinha de diamante. Com temperatura e pressão altíssimas, o cabelo pode se transformar numa jóia. Acho que fizeram isso com o cabelo do Pelé também. E quem iria ganhar com a venda do cabelo ‘jóinha’ do Michael? Hum?

Com estes fatos que citei agora, e somado ao fato de que ele precisava de uma grana, acho pouco provável que ele esteja realmente morto agora ao invés de estar em uma ilha em alguma parte do mundo com uma ‘NeverLand’ pra ele e seus filhos brincarem para sempre. Sem ter que dar satisfações pra ninguém, estando morto para o mundo inteiro, ele nunca mais precisaria pisar num palco, dar autógrafos, tirar fotos com fãs, responder a processos e outras coisas que ele estava cansado de fazer. Finalmente, um super merecido descanso, digno do ‘Rei do Pop’.

Sem contar que algum tempo depois, pra ajudar mais uma parte do planeta que pedia socorro, (o Haiti, se não me engano) criou-se uma nova versão do clipe de ‘We Are The World’, que foi idealizada por Michael Jackson em socorro à África nos anos 80. O novo clipe dividiu opiniões, pois alguns acharam muito boa a nova versão, e outros acharam um lixo. Principalmente na parte do rap com os Manolos americanos no final da canção. É a força do Movimento Black, tá ligado, manolo?!
Como é comum, sempre acontecem dois eventos mundialmente importantes na mesma época e é mais normal ainda que um fato encubra quase totalmente o outro: e aconteceu que uma das antigas Panteras partiu para o além. Foi naqueles dias e não se falou muito. Se tivesse sido sem a morte do Michael, com certeza seriam exibidos vários filmes da atriz na TV, além das Panteras, a vida, os trabalhos, e tudo mais que alguém naquele nível pôde oferecer ao mundo. Mas daí vem um rapaz que nasceu negro e morreu branco, e tira toda a atenção do mundo pra ele. Só pra ele. Cada um que me aparece... E eu nem sei o nome dela porque não se falou muito. Michael era mais importante.

Isso parece quando acontece uma epidemia de alguma doença no mundo. Gripe Aviária, Gripe Suína, Dengue, Antrax, Eleições, Copa do Mundo, ou outra movimentação mundial parecem surgir milagrosamente para ‘desviar a atenção da galera’ de um problema maior. Sejam escândalos no Senado Brasileiro, crises em países de alto nível que podem abalar tudo, atritos entre paises vizinhos com bombas nucleares, ou outros assuntos que deviam ser mais cautelosamente cuidados. Daí todo mundo fica anestesiado e esquece das outras obrigações como cidadão de bem.

Michael ‘morreu’ com quase 51 anos. E este é o tempo de carreira do ‘Rei Roberto Carlos’. Quando este começou a cantar, o outro estava saindo da barriga da mãe. MJ se foi, mas o Robertão continua aí, fazendo seus especiais de fim de ano pra ‘TV Plim-Plim’. E ele já teria gasto o dinheiro que ganhou com a venda dos ‘Calhambeques’ da promoção da Nestlé?

Bom, esta é minha opinião sobre a ‘morte’ do Michael Jackson. Se estiver vivo em algum lugar, que esteja desfrutando bem. Se estiver morto, que seus ossos parem de tentar sair do túmulo achando que tudo faz parte de um remake de um clipe clássico do próprio.


‘Who is really bad?’

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