segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Kids

Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: “Eu lhes garanto: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, vocês nunca entrarão no Reino do Céu. Quem se abaixa e se torna como essa criança, esse é o maior no Reino do Céu. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Quem escandalizar um desses pequeninos que acreditam em mim, melhor seria para ele pendurar uma pedra de moinho no pescoço, e ser jogado no fundo do mar.” ¬Mateus 18, 2-6

Coloco esta passagem Bíblica no início desta postagem para refletirmos alguns eventos da última semana:

1º: Um segundo de distração da mãe e o carrinho com o bebê dispara em direção dos trilhos do metrô. O carrinho cai e no segundo seguinte, o trem vem e colhe-o. Ele é arrastado por 30 metros sendo destruindo completamente. Mesmo tentando, a mãe não conseguiu alcançar o carrinho e assistiu sem poder fazer nada junto com outras pessoas. A criança, bem... teve apenas um galo na cabeça, e sim, ela ficou debaixo do trem. Se ela fosse um pouco maior não teria cabido entre os trilhos e os vagões; se a maquina não estivesse parando, a criança teria sido arrastada pelo vento do trem. Quem pode dizer que a mão de Deus não esteve com ela?

2º: Uma criança sobe no balão feito em casa pelo pai e aproveitando que eles não estão, sai voando pelos Estados Unidos. Paralisou e comoveu o país inteiro, pois era um balão precário feito pelo pai que se intitula como ‘cientista-amador’. Se o balão feito de papel alumínio e cheio com gás não resistisse e caísse, provavelmente a criança ficaria seriamente ferida. Por isso era acompanhada de perto pelas equipes de resgate, e quando finalmente o balão cai... PEGADINHA DO MALANDRO! HÁ! O balão estava vazio! Os pais haviam dito que o filho estava dentro do balão, mas de repente ele aparece em casa. Como? Simples: ele se escondeu dentro do forro da oficina com medo do pai quando soubesse que o balão tinha ido embora. E quando a família fica famosa e dá uma entrevista ao vivo para todo o país, uma das crianças diz em sua plena inocência: ‘vocês disseram que estávamos fazendo o show’. O balão percorreu quase o país inteiro e todo mundo ficou naquela expectativa de ver a criança viva. Mas era só pra chamar a atenção, como a família sempre gostou. O que fazer com os pais? Bater é pouco e mandar matar é muito. Comofaz? Graças a Deus a criança não estava mesmo no balão colado com fita adesiva, e que não subiria com o peso do garoto americano.

3º: Um menino de 11 anos viaja cerca de 600 km escondido num ônibus que foi até a cidade de Aparecida do Norte em São Paulo. Ele se enfiou pelo espaço que conseguiu encontrar perto da roda do veículo e encontrando um espaço perto do tanque de combustível, partiu para a viagem. Disse à mãe que iria se despedir de amigos na rodoviária, mas saiu de viagem. A mãe ficou aflita quando ele não voltou pra casa e rezou à Nossa Senhora Aparecida pedindo que guardasse o filho sob seu Manto Sagrado e de fato ela guardou. E guardou tão bem guardado que o menino apareceu lá sob o manto dela. Questionado pelo repórter sobre o motivo de uma viagem daquele tipo, correndo tanto risco, ele responde com certeza: “vim pagar uma promessa pra Nossa Senhora, pedindo que MEU PAI E MINHA MÃE PAREM DE BRIGAR”. (Momento de silêncio) Cara... O que dizer sobre isso? Olha o tamanho da fé do moleque. Será que ele tem fé? Será que alguém se arrisca a dizer que o que ele fez foi errado? Foi arriscado, sim, mas ele saiu de casa com uma idéia na cabeça e movido pelo Amor que tem pelos pais e pela Graça de ter uma família (e que ele não quer ver desestruturada), ele foi até o 2º maior Santuário Católico do Mundo (ficando atrás apenas da Basílica de São Pedro no Vaticano) pedir uma graça que muitos jovens não dedicam sequer uma Ave-Maria ou outra ação nessa intenção quando ela ocorre. Será que teríamos a coragem de se arriscar como ele por esta causa?

4º: Um menino de 12 anos sai em viagem com os pais em uma caravana, e na volta fica para trás sem que ninguém perceba. Os pais, pensando que o menino estivesse entre eles, quando perceberam sua falta, voltaram para trás. Encontraram ele três dias depois no templo entre os chefes religiosos conversando sobre religião. Questionado pelos pais, ele diz: “não sabem que devo estar na casa do meu Pai?”. Mesmo sendo uma criança, recém entrado na adolescência, sabe qual é sua vocação. E nós? Sabemos ouvir a voz de Deus falando ao nosso coração mesmo quando parece que é loucura? Mesmo quando parece que não é a hora?

Sabemos que esta quarta história é a de Jesus, mas serve para ilustrar que ele também foi uma criança que tinha sua fé e buscava formação para a missão que sabia em seu coraçãozinho que ele teria de cumprir.

As crianças são objeto do amor de Jesus, e várias vezes nos Evangelhos ele as abraça e abençoa. Em sua época elas não tinham valor algum. Apenas quando crescessem teriam valor. Até lá eram ignoradas e desprezadas. Os próprios discípulos as afastavam quando o povo tentava aproxima-las para que Jesus as abençoasse, e eles levaram uma bronca por causa disso. Imagino que alguma travessa deva ter mostrado a língua para eles quando Jesus dava uma dura nos discípulos.

E como tratamos as crianças ao nosso redor? As que passam na rua, as que MORAM na rua, nossos irmãos, vizinhos, primos e sobrinhos. Ta certo que de vez em quando eles merecem umas palmadas, mas devem se corrigidas da maneira correta para que não tenhamos problemas depois. Temos agido como crianças na humildade e na pureza de coração ou temos agido como crianças em ações imaturas? Temos chorado e ficado bicudos quando Deus não nos da o que queremos, ou temos sabido aceitar sua vontade como uma criança obediente?

Fica aqui a reflexão.


Feliz dia das Crianças!

Um comentário:

Vagner Leão... disse...

Eu gosto de crianças...
Malpassadas e com molho inglês agrada meu exigente paladar (6)