terça-feira, 25 de outubro de 2011

Padre Carlos

Faleceu na tarde de ontem (24/10), na Santa Casa de Arapongas, o Padre Carlos Willibald Koehler (82 anos). O padre, de origem alemã, estava na cidade desde 1975 e esteve por décadas atuando no Santuário Nossa Senhora Aparecida.
Segundo o Padre Antônio Beffa, o religioso da ordem Palotina vinha há meses enfrentando problemas de Saúde decorrentes da idade. Por conta disso, Padre Carlos tinha deixado de celebrar Missas na Igreja Matriz. “Infelizmente ele estava muito doente”, comenta.
Nascido na Alemanha, padre Carlos foi ordenado em 1960. Um ano depois, o religioso veio para o Brasil onde, depois de passagens por São Paulo e Curitiba, fixou residência definitivamente em Arapongas, cidade que escolheu para passar o resto de sua aposentadoria. Em dezembro de 2003, ele recebeu o título de cidadão honorário.
Fonte: Tribuna do Norte

Infelizmente esta é uma notícia que mais cedo ou mais tarde chegaria até nós. E na tarde de segunda-feira, ontem, ela chegou. Fazia já alguns dias ele estava internado e precisando sempre de alguém que fizesse companhia. Com grande amor e carinho, pediu que ‘o povo do Bandeirantes’ também o visitasse e ficasse com ele.

O ‘povo do Bandeirantes’ a que se referiu são as pessoas da comunidade onde moro, a Diaconia São José. Nós não temos um Padre fixo, portanto sempre temos um dos Padres da Matriz (Santuário Nossa Senhora Aparecida) aqui: Padre Odair, Padre Francisco ou o Padre Carlos. O Padre Odair, chegou faz pouco tempo em Arapongas (não mais do que dois anos, creio eu), e não tem ainda muita intimidade e amizade com a comunidade, mas o Padre Francisco (de 86 anos de idade) e o Padre Carlos, já conhecem há muito tempo as pessoas que vivem aqui nesta comunidade onde moro, que tem grande carinho pelos dois, e os dois pela comunidade. Os dois, grandes amigos, viveram na Alemanha os horrores da 2ª Guerra, e várias vezes contaram histórias do que passaram nesses tempos difíceis, e também sobre outras coisas da vida no país de origem, ou em outros, por onde Deus os levava, até virem ao Brasil e novamente encontrarem-se em Arapongas.

O corpo do Padre chegaria por volta das 21:00 hs na Matriz, onde seria velado, mas rezei, como de costume, o Terço com os jovens no Conjunto Flamingos, e depois, às 22:00 hs eu chegava à Igreja. Cheguei no final da homilia de Dom Celso, Bispo da Diocese de Apucarana, e no fim da Missa, num belíssimo momento, foi o grande amigo, Padre Francisco, quem fez as orações e preces finais pelo companheiro de caminhada de tantos anos... O povo que enchia a Igreja fez duas filas no corredor central para que pudessem ver pela última vez o rosto do Sacerdote que por tanto tempo orientou, abençoou, celebrou a Eucaristia, e anunciou o Amor Misericordioso de Deus.

Certamente uma grande perda para todos nós, mas devemos ter em nossos corações a força de vontade dele que, mesmo enfraquecido pelo tempo, jamais se entregou, e celebrou Missas até o momento em que lhe era possível. Perdemos um Sacerdote na Terra, mas ganhamos um intercessor junto ao Cristo no Céu.

Que ele continue olhando por todos nós e rezemos para sermos felizes como ele que, vivendo diariamente seu amor por Deus, tinha um grande amigo ao seu lado para juntos apoiarem um ao outro no Amor Fraterno que Cristo tão carinhosamente pediu que vivêssemos.
Um forte abraço fraterno a todos, e que Deus nos abençoe com muitos anos de serviço e amor ao próximo...


Lema Sacertotal: ‘Deus é Amor: aquele que permanece no Amor, permanece em Deus e Deus permanece nele. (I João 4, 16)